GRUPOS
DE TRABALHO SELECIONADOS:
GT 1 - QUESTÕES METODOLÓGICAS DA ANTROPOLOGIA: ESTUDO DA
PLURALIDADE AFRICANA E SUAS DIÁSPORAS.
Lucia
Helena Guerra – Doutoranda em Antropologia PPGA/UFPE – luciaguerra.ufpe@gmail.com
Ismael
Tcham – Doutorando em Antropologia PPGA/UFPE - tcham1979@gmail.com
Identificar
questões que dizem respeito às formas de produção, transmissão e distribuição
do conhecimento, nas diversas sociedades e culturas têm-se mostrado uma
constante no debate antropológico. Já o continente africano têm se configurado
como debate de grande relevância no espaço político, econômico e social. Nos
últimos anos no campo das Ciências Sociais
brasileira a produção de trabalhos sobre países africanos têm crescido
significativamente contribuindo para o avanço dos estudos em África e sobre
África. Essas abordagens permitem estabelecer interessantes paralelos,
contrastes, continuidades e rupturas entre as sociedades africanas e suas diásporas, particularmente à brasileira, a
partir de uma perspectiva Sul-Sul. Este GT pretende reunir trabalhos que
analisam a especificidade dos países africanos no
contexto global, suas articulações nacionais e transnacionais a partir
de etnografias que suscitem uma discussão sobre as particularidades
apresentadas por este objeto. Portanto, propomos um debate amplo e que inclui
perspectivas relacionadas às interfaces entre pesquisa antropológica e
reflexões metodológicas sobre as transformações
políticas e econômicas na África contemporânea.
Palavras-chave:
África; Etnografia; Metodologia; Antropologia.
GT 2 - CAMPO DE NEGOCIAÇÕES ENTRE O FAZER ANTROPOLÓGICO E AGENCIAMENTOS COLETIVOS.
Marcondes de Araujo Secundino – Doutorando em Antropologia
PPGA/UFPE - secundino.ma@gmail.com
Fernando
Antônio Duarte Barros Júnior –
Doutorando em Antropologia PPGA/UFPE - fernandodbarros@gmail.com
Elisa
Gritti – Doutoranda em Antropologia
PPGA/UFPE - eli.gr@hotmail.it
O GT tem por objetivo possibilitar um espaço
de discussão entre pesquisadores das Ciências Sociais e áreas afins, a partir
de resultados de trabalhos ou pesquisas em andamento que contemplem à
emergência de identidades coletivas no contexto contemporâneo e sua
problemática de reivindicação de políticas específicas frente ao Estado
Nacional. Em outros termos, problematizar o processo histórico de construção de
novas identidades coletivas a partir de uma perspectiva relacional e
contingente, tendo como referência princípios democráticos e pluralistas em
funcionamento na esfera pública. Ademais, parte-se do pressuposto de que essa
esfera é o espaço de negociação entre as identidades coletivas, aliados e
representantes do Estado, assim como do próprio antropólogo, seja do ponto de
vista de intermediário da dinâmica dessas identidades, seja na condição de
produtor de conhecimento acadêmico. A partir dessa perspectiva, visa-se pensar
o fazer antropológico implicado nesse campo multifacetado, buscando compreender
as transformações históricas e atentos a possibilidade de redefinição de
categorias epistemológicas e de instrumentos metodológicos da disciplina. Dessa
forma, este Grupo de Trabalho tem por interesse discutir questões levantadas a
partir de pesquisas relativas a movimentos sociais contemporâneos, assim como
aos povos indígenas e quilombolas.
GT 3
- A ANTROPOLOGIA DOS MUSEUS INDÍGENAS E DAS COLEÇÕES ETNOGRÁFICAS: DESAFIOS
TEÓRICOS E CAMINHOS METODOLÓGICOS
Alexandre
Oliveira Gomes – Universidade Regional do Cariri/URCA,
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade/NEPE-UFPE - amanayparangaba@yahoo.com.br
Renato
Monteiro Athias – Programa de Pós-Graduação em
Antropologia/PPGA-UFPE, Coordenador do NEPE-UFPE - renato.athias@gmail.com
O
desenvolvimento de processos museológicos protagonizados por movimentos
indígenas atualmente se destaca no cenário nacional e internacional. A partir
do momento em que povos indígenas desenvolvem seus processos museológicos,
atribuindo-lhes sentidos próprios, o discurso colonialista dos museus
tradicionais cede espaço para uma representação sobre si, uma construção em
primeira pessoa do plural, dos povos indígenas sobre eles próprios. Isso
fortalece uma revisão do papel e significado das coleções etnográficas, ao
mesmo tempo em que é crescente a organização de museus entre os povos indígenas
em vários países do mundo. Nestes processos, indígenas orquestram a história sob a lógica de seus
próprios esquemas, não constituindo visões “sobre” os índios, mas “dos” índios,
que apresentam seus pontos de vista sobre suas culturas e trajetórias. Se, por
um lado, fazem parte de um amplo processo de renovação que atinge o campo museológico,
os museus indígenas oferecem, para a Antropologia, configurações específicas do protagonismo
representacional pós-moderno. Fenômeno que perpassa as organizações sociais de
caráter étnico, possuem relação com as mobilizações políticas e com as políticas
da memória destas populações. Esta ruptura política e conceitual abriu um
importante espaço para uma revisão do olhar antropológico sobre o “outro”
construído através dos objetos e coleções etnográficos, nos convidando a
compreender os novos discursos e representações elaborados pelos discursos
sobre si. O GT visa agregar, a partir da diversidade de experiências em
variados contextos étnicos e/ou institucionais, um campo clássico e ainda
promissor para pesquisas antropológicas: uma antropologia dos museus indígenas
e das coleções etnográficas.
Palavras-chaves:
Museus indígenas; museologia social; etnomuseologia; coleções etnográficas;
auto-representação.
GT 4
- MÉTODOS ANTROPOLÓGICOS E PATRIMÔNIO: DISCUSSÕES SOBRE PRODUÇÃO SIMBÓLICA E
DIVERSIDADE CULTURAL.
Coordenador: Profº
Drº Bartolomeu Figueirôa de Medeiros – Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE – Observatório de Museus – Observamus - bartotito@uol.com.br
Debatedora: Mestranda Juliana
Gonçalves da Silva – Universidade Federal de Pernambuco – UFPE –
Observatório de Museus – Observamus - juliana.gonc89@gmail.com
Atualmente as discussões que envolvem o
universo do Patrimônio cultural, têm como base dois pontos, entre outros: a
produção simbólica e a diversidade cultural. Procurando colaborar com a
reflexão e debate que envolve patrimônio cultural, o intuito deste GT será
reunir trabalhos que apresentem a metodologia de pesquisas nesta área e a sua
contribuição para o fazer antropológico. O foco será acerca do fortalecimento
da produção artística e da proteção e valorização do patrimônio cultural. O
patrimônio é um campo onde as percepções e reflexões podem contemplar a
criação, produção, preservação, reinvenção e propagação das diferentes
manifestações artísticas e bens culturais. Conhecer o papel desempenhado pelo
antropólogo (a) no campo do patrimônio cultural, as dificuldades e superação
das mesmas serão importante para conhecermos as distintas realidades deste
campo etnográfico. Levando em consideração o aumento do interesse na linha do
Patrimônio Cultural e Cultura Popular, o GT Métodos
antropológicos e patrimônio: reflexões sobre patrimônio e diversidade cultural
propõe conhecer as metodologias usadas
para sua identificação, registro e preservação; dialogar com as teorias que dão
respaldo a este campo do saber antropológico
e discutir as diferentes formas de se olhar para o campo patrimonial.
Palavras-chave:
Patrimônio
cultural, diversidade cultural e produção simbólica.
GT 5 - ANTROPOLOGIAS ENTRE MUSEUS E ARTE
Nicole Costa –
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal
de Pernambuco – nicolecosh@gmail.com
Antonio
Motta – Professor doutor do Programa de Pós-Graduação em
Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco – antonio-motta@uol.com.br
As relações entre antropologia e museus estão
presentes desde os inícios da disciplina até a atualidade, por exemplo, através
do financiamento de pesquisas, coleta de objetos e musealização, caso de Franz
Boas, Claude Lévi-Strauss e outros. Mais recentemente, a análise antropológica
de museus, como nos trabalhos recentes de Regina Abreu (2007) e James Clifford
(1999), tem ocupado lugar de destaque na disciplina. Vê-se, ainda, a atuação de
antropólogos como funcionários de museus e instituições culturais, além de
projetos curatoriais planejados e executados sob a ótica da antropologia.
Algumas das perguntas subjacentes a esta história e sua contemporaneidade
perfazem reflexões como: de que modo a antropologia observa os museus? Quais os
significados do trabalho antropológico que reflete sobre museus e sobre a arte?
Como realizar pesquisas antropológicas em museus? De que modo a antropologia
tem observado para as produções artísticas? Diante destas questões, propomos um
espaço de discussões sobre a prática antropológica que tem como objeto os
museus e a arte, institucionalizada ou não e, também, acerca das implicações
das práticas antropológicas em museus e instituições culturais, a fim de que
tais práticas tornem-se cada vez mais refletidas.
Palavras-chave:
Metodologia de pesquisa, Antropologia da arte, Antropologia em Museus.
GT 6
– ANTROPOLOGIA, ESPORTES E SOCIABILIDADES.
Eduardo Araripe Pacheco de Souza –
Doutorando em Antropologia PPGA/UFPE - eusouza.87@gmail.com
Isabela Amblard - Doutoranda em Psicologia/UFPE - isabela.amblard@gmail.com
Isabela Amblard - Doutoranda em Psicologia/UFPE - isabela.amblard@gmail.com
A proposta deste grupo é ratificar a
importância dos estudos sobre os esportes e sociabilidades na Antropologia
Brasileira. Esta área temática tem adquirido cada vez maior relevância e
visibilidade, sobretudo pela realização próxima dos chamados “megaeventos
esportivos” no país, com destaques para a Copa do Mundo FIFA 2014 e Olimpíadas
de 2016, o que pode ser percebido pelo aumento significativo de pesquisas e
trabalhos acadêmicos em programas de pós-graduação, contemplando as mais
diversificadas práticas e modalidades esportivas. Através da temática dos
esportes e sociabilidades a Antropologia nacional vem contemplando discussões e
estudos sobre áreas importantes e clássicas para a formação de estudantes e
pesquisadores antropólogos como a formação de identidades – nacionais,
regionais, locais, etárias e outras, assim como discussões sobre fluxos,
processos econômicos globalizados, redes, entre outras. Desta forma, seguindo
tendências recentes incorporadas por encontros de repercussões nacionais e
internacionais, como RBA e ANPOCS, a presente proposta de GT amplia a
possibilidade de reflexões sobre a temática criando solo fértil entre
pesquisadores das ciências sociais e ciências afins, além de constituir-se como
espaço de socialização e divulgação de trabalhos e pesquisas.
GT 7
- Antropologia
visual e da Performance:
desafios contemporâneos do fazer etnográfico
e seus embates políticos
desafios contemporâneos do fazer etnográfico
e seus embates políticos
Greilson José de Lima – UFPE – greilsonlima@gmail.com
Marcos A. dos S. Albuquerque – UERJ - marcosdada@yahoo.com.br
Rita de Cássia Maria Neves – UFRN – rcmneves@yahoo.com.br
No tocante as
formas de expressões identitárias e políticas de uma diversidade de grupos
sociais na atualidade, o acesso as novas tecnologias permite a divulgações de
vídeos, imagens, músicas e rituais em contextos globais. As ações museus e
artísticas de grupos até então invisibilizadas, suburbanos, indígenas ou
terreiros e, mais recentemente, as manifestações urbanas (que reuniram uma
diversidade de reivindicações) nos colocam diante de recentes desafios para
compreender estes novos arranjos identitários. Influenciado pelas artes
cênicas, os estudos sobre performance na Antropologia passam a valorizar os
movimentos e interstícios na análise social, bem como no modo de narrar as
experiências. Não tomando estas, como instrumentos passivos de descrição ou
representação do mundo, mas são compreendidas como tendo papéis constituintes
do próprio mundo narrado. Somando-se a
estas preocupações, a Antropologia visual, nos coloca diante dos debates
éticos, estéticos e metodológicos quanto à pesquisa com imagens, bem como nos
estimula a pensar a fotografia, novas mídias e linguagens na narrativa
etnográfica. É entorno dos elementos que envolvem performance, imagem e
sonoridades na construção das análises antropológicas contemporâneas que
pretendemos fomentar debates, estimular diálogos e colaborações entre
pesquisadores de diversas instituições de ensino, que nos permita melhor
refletir sobre as condições nas quais o conhecimento antropológico tem sido
produzido e difundido por estes meios.
Palavras-chave: Performance; Etnografia; Narrativas; Vídeo
etnográfico; Imagem
GT 8
QUANDO O CAMPO É A VIDA PRIVADA: ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
Prof.
Dr. Russel Parry Scott - Professor Titular do Departamento de
Antropologia da UFPE, Coordenador do Núcleo de Estudos Família, Gênero e
Sexualidades – FAGES/UFPE, e-mail: rparryscott@gmail.com
Ma. Fernanda Maria Vieira Ribeiro - Pesquisadora
do Núcleo de Estudos Família, Gênero e Sexualidades – FAGES/UFPE, e-mail: fernandamvribeiro@gmail.com
Dr. Dayse Amâncio - Pós-Doutoranda
em Antropologia, Pesquisadora do Núcleo de Estudos Família, Gênero e
Sexualidades – FAGES/UFPE, email: dayse_amancio@hotmail.com
Quando o objeto de investigação envolve
esferas da vida que são vividas em círculos de sociabilidade relativamente
fechados, como, por exemplo, família e sexualidade, apresenta-se uma exigência
de criatividade para @ pesquisador(a). Neste Grupo de Trabalho propomos
enfatizar as estratégias metodológicas e a escrita etnográfica que @s
pesquisador@s desenvolveram para lidar com os percalços no seu campo de
pesquisa. A discussão sobre as saídas para essas questões nos incitarão um
debate sobre segredos, intimidades, afetos, relações interpessoais e sobre a
confiabilidade e ética na pesquisa.
Palavras-chave:
estratégias metodológicas, pesquisa de campo, vida privada.
GT 9
- AS IMAGENS E A PESQUISA ANTROPOLÓGICA
Jane Pinheiro - (CAP/UFPE)
Emiliano Dantas - (PPGA/UFPE)
Este GT pretende discutir a teoria
antropológica e a noção de representação imagética no campo disciplinar da antropologia
visual. A mais recorrente utilização das
imagens na pesquisa social e, mais especificamente, nos estudos antropológicos foi sempre como
“auxiliar” de investigação. No entanto, sabe-se que a imagem e as tecnologias
de produção de imagens (paradas, e, em movimento) fazem parte do “conhecimento”
e da produção da informação, do dado de pesquisa. Também são atribuídas as
imagens características “úteis” a
pesquisa científica em certos paradigmas, como por exemplo a sua relação com o
referente, a relação com o discurso, a observação participante. A discussão
proposta, nesse GT, buscará problematizar o processo social e intelectual, de
onde as descrições são desenvolvidas, e se constrói a narrativa antropológica a
partir de imagens coletadas em processos de pesquisa social. Este GT está sendo
proposto pelos membros do GEAV, Grupo de Estudos em Antropologia Visual do
Laboratório de Antropologia Visual.